Desenho da Filhinha
Tarde tranquila. A mãe a costurar e a cantar uma terna canção de Roberto Carlos. Aqui, acolá ela corta um pedaço de pano. Corta e costura. Ao lado está a pequerrucha Mariazinha, filha única e mimada, entretida com papel e lápis a desenhar figuras. O tempo passa e passa. A certa altura, a mãe pede a Mariazinha que lhe mostre os desenhos. Ela mostra os desenhos e a mãe toma um grande susto. Um susto tremendo. O que a mãe vê lhe causa uma terrível decepção, um verdadeiro choque. Os desenhos retratam claramente o famoso passaralho ou, para os mais sensíveis, um falo, o símbolo da virilidade: duas bolas e, saindo dentre elas, uma haste. A mãe não acredita no que vê. Como é que uma criancinha tão inocente começa, de repente, a desenhar essas coisas? Ela se controla o mais que pode e pergunta:
— Onde é que você viu isso, Mariazinha?
— Na sua mão, mãezinha.
— O quê??? O que você anda aprontando sua...
A mãe perde o controle. Mulher virtuosa e conhecedora de seu papel de mãe, ela não admite comportamentos indecentes. Desde cedo tem de impor respeito e dignidade à família. Aplica uma bem merecida surra na Mariazinha. Surra, castigo em pé no canto da parede, uma semana sem ver televisão e sem a mesada.
— Quando seu pai chegar você vai ter uma conversinha com ele.
Pobre Mariazinha! Ela chora, soluça desconsolada sem entender direito a gravidade de seus estranhos desenhos. A tarde passa devagar. E a Mariazinha em pé, já cansadinha, a coitada. E chorando aquele triste choro entrecortado de soluços. Como a tarde passa devagar.
Chega finalmente a noite e o pai volta do trabalho. A mãe vai falar com ele e diz para ele ter uma conversa muito séria com a filha. Já é tempo. Envergonhada, não mostra sequer os desenhos: o pai que pergunte à filha.
— O que é que você estava desenhando, Mariazinha? — pergunta o pai.
— A tesoura da mamãe...
Trabalho nos Estados Unidos
Um nordestino que morava em uma região muito pobre reclamava com um cumpadre do sofrimento que é a seca, a sede e, principalmente, a fome! O compadre, que era meio irresponsável, falou:
— Porque que você não vai para os Estados Unidos bichinho? Lá num tem seca nem fome e todo mundo é rico!
O nordestino perguntou:
— Mas cumu que eu vou prá lá?
E o cumpadre:
— Ora, arrume emprego em um navio que vá para lá!
O nordestino arrumou sua trouxa e se mandou para os Estados Unidos, matando-se de trabalhar em um navio cargueiro.
Chegando em Nova Iorque o nordestino além de fome começou a sofrer com o frio, porque não conseguia arrumar emprego pois não falava uma só palavra em inglês... Ele estava sentado em uma calçada, congelado e faminto, esperando pela morte, quando passou um mexicano e perguntou:
— O que acontece Muchacho? Queres ir para o meu circo?
O nordestino então, com dificuldade de andar foi até o circo, que era aquecido, onde tomou um banho quente, trocou de roupa, fez uma farta refeição e foi dormir para recuperar as forças. Quando acordou foi procurar o mexicano:
— O que posso fazer para recompensá-lo?
O mexicano respondeu:
— Quero que vistas uma pele de leão e entres no picadeiro para lutares com uma jiboia!
O nordestino recuou um passo, mas pensou que se não fosse o mexicano já estaria morto...
Na hora do espetáculo o mexicano anunciou:
— E agora, a sensacional luta do leão africano com a jiboia da amazônia!
O nordestino, vestido de leão, entrou no picadeiro urrando, mas quando viu a imensa cobra entrando do outro lado ajoelhou-se e disse:
— Meu padim padre Cícero, de Juazeiro no Ceará, não deixe essa cobra me matar!
A cobra colocou as mãos na cintura e disse:
— Ó chente bichinho, tu é de lá também?
Contato com Deus
Certa vez um homem pobre que não se conformava com sua condição, rezou muito e conseguiu um contato com Deus. Encontrando Deus, ele pergunta:
— Deus, quanto vale para o senhor um minuto?
— Para mim, meu filho, um minuto vale um milhão de anos...
— E quanto vale um centavo para o senhor, meu Deus?
— Um centavo, para mim, vale um milhão de reais, meu filho.
— Por favor, meu Deus, eu lhe peço que me dê um centavo!
— Tudo bem, filho. Espere só um segundo.
Carona Assustadora
Numa noite escura e de temporal, estava uma loira, de nome Paty, na beira de uma estrada secundária mal iluminada pedindo carona. Nenhum carro passava e a tempestade estava tão furiosa que a pobre Paty não conseguia ver dois palmos à frente do nariz!
Subitamente, Paty viu um carro aproximar-se dela e parar.
Radiante, saltou de imediato para dentro do carro e, fechando a porta, se deparou com o fato de não haver ninguém no local do motorista!
O carro reiniciou então a marcha lentamente e Paty, olhando para a estrada, vê uma curva aproximar-se perigosamente.
Aterrorizada e ainda não refeita do choque de se encontrar num carro fantasma, começa a rezar fervorosamente para que a sua vida seja poupada.
Neste instante, quando a curva se encontra a apenas uns escassos metros do carro, uma misteriosa mão surge pela janela do carro e move o volante.
Paralisada pelo terror, Paty continua a observar as constantes aparições da mão à cada curva do caminho.
Até que, reunindo as escassas forças que ainda possuía, salta do carro, se ralando toda e sai em disparada, desesperada, para a cidade mais próxima.
Cansada, encharcada e em estado de choque, entra num café onde emborca de imediato dois drinques: um Martini e Blood Mary, relatando debilmente o que havia acontecido, perante o olhar estarrecido dos outros clientes.
Naquele instante, dois homens entraram no mesmo café, absolutamente encharcados. Imediatamente um deles avisa para o outro:
— Olha lá a loira idiota que entrou no nosso carro enquanto a gente o estava empurrando!
Piada Para Se Salvar
Quatro soldados de diferentes países — um americano, um japonês, um espanhol e um português — encontravam-se presos em um campo de concentração.
O sádico diretor do campo, disposto a divertir-se com esses pobres soldados, resolveu promover um teste em que todos deveriam contar piadas. Se as piadas fossem boas e todos da prisão rissem, suas vidas seriam poupadas. Caso contrário, a forca seria o destino do comediante sem talento.
E chegou a vez do americano: contou uma piada engraçadíssima e todos riram, menos o português. O diretor, assistindo a impassividade o portuga, clamou: "Matem esse americano sem graça!"
E lá se foi o pobre gringo...
O próximo era o japonês: contou a piada mais engraçada que conhecia.
Mais uma vez, todos riram, menos o portuga. Perante o rosto sério do lusitano, o diretor ordenou: "Matem esse japonês que não sabe contar piadas!"
E chegou a vez do espanhol. Assim que começou, o portuga caiu na risada. E passou a rir sem parar. O diretor, não entendendo o ocorrido, perguntou ao português:
— Mas, homem, o espanhol mal começou a contar a piada... Do que está rindo?
— Muito boa a piada do americano!
Pesando o Bebê
Era uma maternidade muito pobre. Tão pobre e mal equipada que não tinha sequer uma balança para pesar os bebês que nasciam.
Um dia, uma mãe quis saber o peso do recém-nascido e o jeito foi o pai levar o bebê para pesar no açougue do outro lado da rua. O pai chegou lá e explicou o que queria: saber o peso do bebezinho. O açougueiro pegou o bebezinho com muito cuidado e levou ele lá pra trás do balcão. Alguns minutos depois ele voltou:
— Um quilo e meio, bem pesado. Sem ossos!
Pedindo Piedade
Na favela dois homens entram num barraco arrastando um cara pelos braços. Lá dentro, o Djalmão, um negão enorme limpa as unhas com um facão.
— Djalmão, o chefe mandou você comer o cu desse cara aí, que é para ele aprender a não se meter a valente com o nosso pessoal.
— Pode deixar ele aí no cantinho que eu cuido dele daqui a pouco.
Quando o pessoal sai o rapaz diz:
— O seu Djalmão, faz isso comigo não, depois de enrabado minha vida vai acabar, tem piedade pelo amor de Deus!
— Cala a boca e fica quieto aí!
Pouco depois mais dois homens arrastando outro cara:
— Esse ai o chefe mandou você cortar as duas mãos e furar os olhos é para ele aprender a não tocar no dinheiro da boca.
— Deixa ele aí que eu já resolvo.
Daí a pouco chega outro pobre coitado:
— Djalmão, esse o chefe quer que você corte o pinto e a língua para ele não se meter com mais nenhuma mulher da favela!
— Já resolvo isso. Bota ele ali no cantinho junto com os outros.
Mais alguns minutos entra outro:
— Aí Djalmão, esse aí é pra você cortar em pedacinhos e mandar cada pedaço pra família dele.
Nisso o primeiro rapaz diz em voz baixinha, baixinha:
— Seu Djalmão, por favor, com todo respeito, só pro senhor não se confundir: O cara do cu sou eu, tá?
Moral da História: Conforme a gente vai conhecendo os problemas dos outros, percebemos que o nosso nem é assim, um grande problema.
Tizunga ou Morte
Um turista passeava-se numa floresta tropical qualquer. O que ele desconhecia por completo é que aquelas matas eram habitadas por várias tribos canibais. Quando ele passou pela primeira tribo foi capturado e levado ao chefe.
O chefe perguntou:
— Então hôme branco, cê quer Tizunga ou prefere morrer?
O coitado do homem, pensou: "Estão me dando uma chance de viver! Vou aceitar qualquer coisa, menos que me matem!"
Então disse:
— Quero Tizunga, grande chefe.
— Tizunga com ele, meus guerreiros — disse o chefe da tribo.
E assim toda a legião de guerreiros foi à bunda do turista. O coitado foi deflorado ali em frente de toda a tribo.
Depois da última malhada o homem foi liberto. Todo dolorido ele continuou o seu caminho pelas matas. Alguns quilômetros depois deu de cara com outra tribo canibal. Mesmo procedimento, o chefe perguntou:
— O hôme branco qué Tizunga ou qué morrer?
— Oh chefe, piedade, já fui rasgado numa tribo la atrás...
— São as regras, forasteiro.
— Então prefiro Tizunga. Tudo menos minha vida!
— Meus bravos guerreiros, Tizunga no hôme branco!
Novamente o pobre homem foi violentado por trás, mais de 50 guerreiros fizeram a festa. Mais para lá do que para cá, o homem seguiu viagem.
Para seu azar, mais na frente encontrou a terceira tribo... e se repete a pergunta de praxe, o homem em desespero respondeu:
— Ah não, não aguento mais... eu prefiro morrer a ter que aguentar seus guerreiros, chefe!
Então o chefe da tribo disse para os guerreiros:
— Esse daqui é brabo, prefere morrer. Então meus guerreiros, Tizunga até morrer!
Menino Pobre
João era um menino pobre que mandou uma carta para Papai Noel. Assim que a carta chegou ao correio, os funcionários, sem terem para quem mandar a carta, resolveram abri-la. Nela, João dizia que não queria presentes e sim R$ 200,00 para comprar remédios para sua mãezinha que estava muito doente. Disse também que era pobre, porém trabalhador, e que tinha sido um bom menino durante o ano.
O pessoal do correio, sensibilizado com tamanha pureza, fez uma vaquinha e, cata daqui, pede de lá, angariou R$ 100,00, que foram enviados a João em nome de Papai Noel. Passado algum tempo, eis que chega uma outra carta de João para Papai Noel. A carta dizia: "Caro Papai Noel, muito obrigado pelo dinheiro que o senhor me mandou. Minha mãe já está melhor e manda agradecer. Gostaria apenas de lhe pedir um favor: da próxima vez que o senhor mandar dinheiro para mim, entregue diretamente no meu endereço, pois aqueles filhos da mãe do correio passaram a mão em metade da minha grana!"
Armadilha Econômica
Aquele rapaz de tão pobre vivia numa casa infestada de ratos.
Um dia resolveu dar um fim nos animais. Arranjou uma ratoeira emprestada, mas, como não tinha queijo para colocar, ele teve uma idéia brilhante: colocou um papel, onde se lia: "Vale um Queijo".
Ao acordar no dia seguinte, foi conferir a ratoeira e encontrou um outro papel: "Vale um rato!".
Dançarinas de Sucesso
As duas dançarinas no grupo É o Tchum estavam fazendo o maior sucesso no Brasil inteiro.
Sempre nas colunas sociais, nas festas de elite, nos principais desfiles, programas de televisão, eventos...
Certo dia um jornalista estagiário resolveu desvendar um mistério: por que as dançarinas do É o Tchum fazem tanto sucesso?
Então ele foi até a cidade natal das moças.
Uma cidadezinha muito humilde no interior da Paraíba e, inconformado com o sucesso das moças, que tiveram uma origem tão pobre e agora estavam no auge da fama, ele perguntou a uma velha moradora da cidade:
— Minha senhora, na sua opinião, por que as dançarinas do É o Tchum fazem tanto sucesso?
— Ah, elas podem... Elas podem...
— Sim, elas são bonitas, têm um corpo escultural! Mas, me diga, como elas conseguiram, tendo nascido aqui nessa cidadezinha, estar tão famosas, em todas as colunas sociais, bem-relacionadas, ricas...
— Ah, moço... Essas meninas podem...
— Mas elas vivem cheias de jóias, com vestidos caríssimos, dirigindo carros importados! Será que não existe uma explicação pra esse estouro?
— Claro que existe... Elas podem...
Vendo que não ia conseguir grande coisa com a velhinha, o repórter se despediu:
— OK, senhora! Muito obrigado pela participação!
— Ah, de nada, meu pilho!
Padre no Purgatório
Em uma movimentada tarde de sexta-feira, bem na hora do rush, uma perua de lotação atropela um pobre padre que atravessava a rua.
Duas pessoas morrem: o motorista da lotação e o padre e, dentro de alguns instantes, eles estão nas portas do céu.
— Pode entrar! — diz São Pedro, para o motorista de lotação.
— E eu? — pergunta o padre, indignado.
— Você vai ter que esperar alguns dias no purgatório — diz o porteiro do paraíso — Ainda vamos decidir se você vai entrar no céu ou não!
— Mas como assim? — diz o padre, fora de si — Eu passo a minha vida inteira rezando, indo à igreja todos os domingos, pregando o evangelho na minha paróquia e sou mandado pro purgatório?
— Enquanto este homem, motorista de lotação, que dirige feito louco nas ruas, chega no céu e vai logo entrando? Deve haver algum engano!
— Não há engano algum! — esclarece São Pedro — Acontece que agora, aqui no céu, nós estamos trabalhando com resultados, como vocês fazem na Terra...
— Resultados? E por acaso a vida deste homem trouxe mais resultados do que a minha vida de padre?
— Acompanhe meu raciocínio — diz São Pedro, muito paciente — Enquanto você rezava as suas missas, os fiéis dormiam, mas enquanto este homem dirigia a sua perua de lotação, as pessoas rezavam, fervorosas! Questão de resultado!
Mendigo Ingrato
O delegado já vai chegando na cela dando tapas na orelha de um mendigo que havia acabado de ser preso.
— Além de vagabundo é ingrato, né, malandro?
— De jeito nenhum, doutor! — Disse o pobre coitado, protegendo a cabeça com as mãos.
— Como não? Várias pessoas que estavam na rua viram a cena! Você bateu na porta de uma senhora, pediu comida, ela lhe deu um pão e você, ao invés de agradecer, esperou ela entrar em casa e quebrou a vidraça da cidadã caridosa com uma pedra!
— Não era pedra! — disse o mendigo, indignado — Era o pão que eu ganhei daquela muquirana de uma figa!
Suporte em Informática
O cara comprou um computador novinho. Era o primeiro contato dele com o mundo da informática e o coitado estava apanhando da máquina na hora de fazer as configurações.
Depois de muito quebrar a cabeça, ele resolve ligar para o suporte técnico. Do outro lado da linha, um especialista começa a falar com o marido usando termos técnicos que pareciam outra língua para o pobre do cliente.
O cara se atrapalha todo e faz o atendente repetir a mesma coisa duzentas vezes. O clima já está ficando pesado quando o cliente diz:
— Não está adiantando, amigo! Por favor, explique o que devo fazer como se eu tivesse cinco anos de idade, tá bom?
E o técnico:
— Tudo bem. Filho, por favor, ponha a sua mãe ao telefone!
Tirador de Sarro
O sujeito vivia tirando sarro de um novo colega de trabalho que era totalmente careca. O sujeito, muito tímido, ficava na dele, mas se contorcia de raiva por dentro.
Um dia, durante a comemoração de aniversário de um dos funcionários, estava todo mundo reunido, aí o sujeito dá um tapão na careca do pobre coitado e fala bem alto:
— Porra, como tá lisa essa careca! Até parece a bunda da minha mulher!
E o careca, passando a mão na cabeça:
— É... você tem razão... tá parecendo mesmo!
Jegue Excitado
Um bando de macacos resolveu viajar e, dada a distância, eles pegaram uma carona com um jegue.
Quando já estavam mais ou menos na metade do caminho, o pobre jeguinho se excitou e parou, então um dos macacos resolveu descer e ver o que havia acontecido.
Ao olhar debaixo do animal, gritou:
— Desce todo mundo que o eixo quebrou!
Castigo do Papagaio
Um homem comprou um papagaio e logo nos primeiros dias percebeu que o bicho só falava palavrão o tempo todo.
Pacientemente, tentou ensinar boas maneiras ao louro, mas nada resolvia.
Até que um dia, levantou de mal humor e quando passou diante da gaiola do papagaio, este resmungou:
— Bom dia, seu filho da puta!
Furioso, ele atirou o pobre animal dentro do freezer.
Para sua surpresa, alguns minutos depois ao abri-lo, ouviu o papagaio se desculpar:
— Perdoe-me pelo meu linguajar inadequado, meu caro senhor! Prometo que de hoje em diante, me emendarei e nunca mais tornarei a dizer um palavrão sequer.
Feliz da vida, o homem pegou o papagaio e já ia colocá-lo em sua gaiola, quando ouviu:
— Só por curiosidade, o que foi que o frango fez?
O Ganhador da Sena
Gervásio, dono de uma casa lotérica daquela cidadezinha, descobre que quem ganhou a Sena acumulada foi o Aparício, que além de ser pobre pra cacete, não podia ter emoções fortes porque era cardíaco. E por isso Gervásio pensou:
— Como é que eu vou dar essa notícia para o Aparício? Se eu disser que ele ganhou toda essa fortuna sozinha, ele vai morrer... Já sei! Vou falar pra ele que se ele por acaso ele ganhasse na loteria... é isso mesmo!
Chegou na casa do Aparício e ficou no papo furado...
— Ô Aparìcio... cê não tem móveis aqui, só esses caixotes velhos?
— É... eu sou pobre.
— Não tem luz aqui, não?
— Só lamparina. Eu não tenho dinheiro, sabe?
— Aparício... cê precisava ganhar na Sena, né?
— Que jeito? Eu só jogo uma vez por mês...
— Mas e daí? A sorte não escolhe cara. Ô, Aparício... vamos supor que se por acaaaaaaaaaaso... eu tô dizendo por acaso, cê ganhasse sozinho uma Sena acumulada. O que cê faria?
— Eu dava metade procê!
E o Gervásio caiu morto no chão!
Vida de Luxos
Um cara pobre se casou com uma loira linda que vivia cobrando luxos que ele não podia dar.
A situação financeira só piorava... Mas como pra tudo tem um jeito, o homem foi tentar a sorte nos Estados Unidos, com um amigo que tinha uma fábrica de lingeries e deixou a loira sozinha por aqui.
Passaram-se alguns meses e o cara mandou um e-mail para a mulher contando as novidades:
"Meu amorzinho, queria contar que estou me dando bem, logo voltarei ao Brasil e teremos uma vida de luxo, pois estou ganhando muito dinheiro vendendo calcinhas e sutiãs".
A loira responde:
"Amor, também estou vivendo muito bem e já tenho uma vida de luxo, só que no meu caso eu trabalho sem calcinha e sutiã".
Dando Esmola
Um famoso milionário estava andando numa rua do centro de uma grande cidade, quando foi abordado por um mendigo:
— Meu senhor, o senhor que me parece ser uma pessoa afortunada, não poderia doar 500 reais para um pobre homem a quem a sorte não sorriu?
O homem, que carregava aquele sentimento de culpa por ser rico num país de miseráveis, não resistiu ao apelo. Tirou dez notas de 50 e entregou ao mendigo que nem agradeceu.
O pedinte enfiou no bolso o dinheiro e já ia se afastando, quando o milionário estranhou e perguntou:
— Ei, espera aí! O que o senhor vai fazer com esses 500 reais?
— Ora... — respondeu o mendigo ainda se afastando — O que eu faço ou o que deixo de fazer com o meu dinheiro não é da sua conta!