Voo tranquilo para Paris.
Os passageiros entram na aeronave, acomodam-se e logo
em seguida entra o comandante usando óculos escuros e
segurando uma bengala. Ao vê-lo, a comissária de bordo
aproxima-se e toca-lhe no braço. O comandante põe mão
sobre o ombro dela e seguem os dois em direção à cabine
de comando.
Pouco depois, entra o co-piloto, também de óculos
escuros, segurando a coleira do seu cão. A comissária
aproxima-se, acomoda o cão num compartimento especial.
O co-piloto põe a mão sobre o ombro da comissária e os
dois seguem em direção à cabine.
Alguns passageiros ficam um tanto preocupados com o
perfil da tripulação, mas a maioria não percebe nada
diferente. A comissária fecha a porta da aeronave, faz
a inspeção dos passageiros para assegurar-se de que
todos estão com o cinto e senta-se em seu lugar.
A aeronave dirige-se para a cabeceira da pista, os
motores roncam e vai ganhando velocidade. Cada vez
mais rápido..., e ganhando velocidade..., e ganhando
velocidade..., mas nada de sair do chão. Nisso, os
passageiros percebem que a aeronave está no final da
pista e nada de decolar. Todos gritam desesperados. É
quando a aeronave levanta vôo, para alívio de todos.
Nesse momento, o comandante fala para o co-piloto:
- Qualquer dia desses essa turma não grita na hora
certa e aí estamos perdidos.