Voltando como Galinha
Certo dia, Gilmar sentiu-se mal e foi embora mais cedo do trabalho.
Chegando em casa ele foi para cama descansar um pouco e adormeceu. Quando acordou sentiu-se bem mais leve, olhou pra frente e viu um cara barbudo.
— Quem é você? — perguntou ele.
— Eu sou São Pedro... E você está no céu, meu filho...
— Ai meu Deus! Quer dizer, meu São Pedro! Não acredito nisso! Eu não posso morrer! por favor, me faça voltar!
— Hummm... Você pode até voltar, Gilmar... Mas tem que ser como galinha!
— Galinha? — pergunta ele, pensativo — É... Tudo bem... Não tenho opção mesmo... Vou ser galinha então!
E como num passe de mágica ele aparece no galinheiro.
— Caramba! (có) — diz ele — Eu virei (có) uma galinha mesmo (có)!
De repente um galo se aproxima:
— Você é (có) nova no galinheiro (có) certo?
— S-sou sim (có) — disse Gilmar, morrendo de medo de ter que satisfazer os desejos sexuais do galo.
— Aqui no galinheiro (có) ou você é reprodutora ou botadeira! Qual é sua (có) escolha?
— Olha, seu (có) galo... Não quero ser reprodutora(có) , mas também não sei botar ovo não!(có)
— Gertrudes! Ensine esta galinha (có) desastrada a botar ovo!
— Sim senhor! — obedece a galinha veterana, virando-se para a galinha Gilmar — Olha só... Você deve levantar a asinha esquerda duas vezes e fazer "cócócóóó"!
Gilmar obedece e sai um ovo. Então ele repete a operação e, ploft, outro ovo.
— Que legal! — comemora Gilmar — tô começando a gostar desse negócio de ser galinha.
Quando vai botar o terceiro ovo ele ouve um grito. Era a voz da sua mulher:
— Pô, Gilmar! Acorda aí! Você tá cagando a cama toda!