Relógio 7
Geraldo Bulhões, um alcoólatra, após tomar todas
e já no escuro da noite saiu cambaleante em
direção à sua casa. No caminho, ao passar por um
beco, caiu no chão e alí mesmo pegou no sono.
Num momento seguinte vai passando um malandro e
tropeça no bêbado, observa se vem alguém e, em
estando tudo deserto, aproveita e come a bunda
do coitado inerte.
Ao terminar o ato sexual verifica que o bêbado traz consigo no pulso um relógio muito bonito, diferente, parecendo coisa importada: tira o relógio do bêbado, ponhe em seu braço e vai embora, assoviando, fingindo não ter acontecido nada.
O tempo passa, o bêbado fica bom e acorda, vai pra
casa e nota que perdeu o relógio.
Passados três meses está o Geraldo Bulhões passeando
no centro da cidade, sóbrio, quando enxerga o seu
relógio no braço de um rapaz que caminha a sua frente e fica aflito. Chama um guarda e faz a denúncia.
O guarda puxa o "ladrão" pelo braço e pergunta:
- Onde você achou esse relógio?
Ao que o rapaz responde:
- Olhe. Um dia eu ia andando num beco e vi um homem
bêbado no chão. Como estava deserto eu comí o cú
dele. Depois peguei esse relógio que ele estava
usando.
Diante daquelas explicações disse o Geraldo:
- Seu guarda, olhando bem não é esse não o meu relógio! É parecido mas não é êle.
Aí eu pergunto ao leitor: Não seria seu o tal
relógio?