Justo a Boa

Distraído, o sujeito vai atravessar uma linha férrea no mesmo instante em que o trem estava passando. E como resultado ele teve uma das pernas bruscamente arrancada.

Ele senta-se na calçada e se debulha em lágrimas:

— Justo a boa! Justo a boa!

Um dos transeuntes que observara o acidente, abaixa-se para consolá-lo e percebe que a perna perdida era uma perna de pau.

— Meu amigo — diz ele. — Você tem de erguer as mãos para o céu. Você perdeu somente a sua perna de pau!

— Então — respondeu o homem, choramingando. — Justo a de peroba que me custou uma fortuna!

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Livro Diário de um quase conta de fadas