Piadas de Caipira

O jeito simples e engraçado dos caipiras garantem boas risadas. Ria com as melhores piadas.

O Ganhador da Sena

Gervásio, dono de uma casa lotérica daquela cidadezinha, descobre que quem ganhou a Sena acumulada foi o Aparício, que além de ser pobre pra cacete, não podia ter emoções fortes porque era cardíaco. E por isso Gervásio pensou:

— Como é que eu vou dar essa notícia para o Aparício? Se eu disser que ele ganhou toda essa fortuna sozinha, ele vai morrer... Já sei! Vou falar pra ele que se ele por acaso ele ganhasse na loteria... é isso mesmo!

Chegou na casa do Aparício e ficou no papo furado...

— Ô Aparìcio... cê não tem móveis aqui, só esses caixotes velhos?

— É... eu sou pobre.

— Não tem luz aqui, não?

— Só lamparina. Eu não tenho dinheiro, sabe?

— Aparício... cê precisava ganhar na Sena, né?

— Que jeito? Eu só jogo uma vez por mês...

— Mas e daí? A sorte não escolhe cara. Ô, Aparício... vamos supor que se por acaaaaaaaaaaso... eu tô dizendo por acaso, cê ganhasse sozinho uma Sena acumulada. O que cê faria?

— Eu dava metade procê!

E o Gervásio caiu morto no chão!

Nome Grande

Noite de chuva no sertão. Um caipira bate na porta de uma pousada, de madrugada.

— Tem lugar pra mais gente aí? — gritava ele, batendo na porta.

— Quem tá aí? — perguntava o dono da pousada.

— Sou José Pinto Leitão Barreto Ambrósio Souza e Silva.

— Eita! Num tem lugar pra tudo isso de gente não!

Má Fama

Em uma destas cidades do sertão, um senhor, após enviuvar, arranjou uma namorada. Toda a cidade comentava sobre a má fama da moça.

Então, um amigo do viúvo lhe disse:

— Olha, tá todo mundo dizendo que esta moça já é furada.

Enfurecido, o viúvo responde:

— Eu quero assim mesmo. É pra casar, e não para carregar água.

Fusca Veloz

Numa pequena cidade do interior paulista existia uma cara que era apaixonado por automóveis e velocidade, ele possuía um opala . Todos os dias quando ele ia trabalhar ele parava em um semáforo e lá ao lado dele sempre parava um Fusca, e assim que o sinal ficava verde, antes que ele pudesse pensar — vruuummmm, o Fusca arrancava deixando-o na poeira.

Ele então decidiu rebaixar o carro, para melhorar a aerodinâmica, trocou o motor por um mais potente e testou o carro várias vezes.

No dia seguinte, lá estava o Fusca ao lado dele naquele semáforo, ele então se preparou acelerou, acelerou e quando o sinal ficou verde — vruuuuummm o Fusca arrancou o deixando pra trás.

Diante disto ele se enfureceu trocou o motor do carro por um ainda mais potente, colocou mais uma descarga e uma turbina central para finalmente poder vencer o tal Fusca.

Ele estava muito ansioso, então chegando ao semáforo ele se preparou, acelerou e finalmente quando o sinal abriu eles partiram lado a lado, depois de uns 300 metros ele não se contendo, colocou a cabeça pra fora da janela e gritou:

— E agora o que é que você vai fazer?

De dentro do Fusca o cara gritou mais alto ainda:

— Agora eu vou passar a segunda — vruuummmmm!

Caipira no Ginecologista

O caipira foi levar a mulher até o ginecologista e ficou esperando do lado de fora inconformado.

O médico, depois de fazer um exame geral, perguntou a ela:

— Vocês têm orgasmo?

Ela pediu para o doutor esperar um instante, abriu a porta e gritou para o marido, com a sala de espera lotada:

— Ô Zé, nóis tem orgasmo?

O marido respondeu:

— Não Maria, nóis só tem Amil...

Pegando Táxi

O caipira subiu em um táxi no Rio de Janeiro, uma reluzente Mercedes, e foi logo perguntando:

— Moço, pra que serve aquela estrelinha ali na ponta?

E o carioca, gozador:

— Aquilo ali é uma mira! Quando eu quero atropelar uma pessoa, eu miro na estrelinha e pumba!

Ao perceber o olhar assustado do caipira, o carioca continuou:

— Quer ver só? Tá vendo aquela mulher ali...

E acelerou o carro em direção da mulher, só que na hora H ele desviou... Bumba!

— Ué? Que barulho foi esse? — perguntou o motorista.

— Ora, se eu não abro a porta o senhor ia errar a mulher!

Brincando de Antônimo

Um caipira estava num bar quando um outro freguês falou:

— Zé, vamos brincar de antônimo?

— O que é isso?

— É o contrário. Exemplo: doença e saúde, seco e molhado.

— Ah, bão! Então vamo.

— Valendo uma cerveja, tá bem?

— Tá bão!

— Vamos lá, Zé. Qual é o antônimo de preto?

— Branco.

— Muito bem. E o antônimo de verde?

— Verde? Verde num tem antônimo, não.

— Tem, sim. É maduro. Manda uma cerveja aí, seu Antônio. É por conta do Zé.

O Zé ficou na dele, sem reclamar. Passados uns dez minutos, o pentelho chega de novo no Zé:

— Zé, agora você me pergunta e eu respondo, valendo duas cervejas. Valeu?

— Valeu.

— Pode perguntar, Zé!

— Tá bão. Qual é o antônimo de fumo?

— Zé, fumo não tem antônimo.

— Tem sim.

— E qual é?

— É vortemo. Tonho, manda duas cerveja!

Galos de Briga

O caipira ganhava todas as apostas das brigas de galos daquele vilarejo, quando um sujeito da cidade, cansado de perder, chega para ele e pergunta:

— Meu amigo, vejo que o senhor é um grande entendido em brigas de galos.

— É...— responde timidamente o caipira.

— Pois eu já perdi quase todo meu dinheiro. Não acertei uma aposta... pode me ajudar e dizer qual é o galo bom da próxima luta?

— O bom é o galo branco — responde o caipira.

O sujeito da cidade, rapidamente, aposta todo o resto do seu dinheiro no galo. Quando acaba a luta, ao ver o galo branco derrotado, ele vai ter novamente com o caipira:— Você não me disse que o galo branco é que era o bom?

— Pois entonces... o branco era o bom... o preto é que era o marvado!

Nome da Alfaiataria

O professor de português, recém-chegado naquela cidadezinha, resolve fazer um terno. Ao passar por uma alfaiataria, ele lê o letreiro: Arfaiataria Aguia di Oro.

Ao entrar, ele cumprimenta o proprietário e, tentando ser gentil, tece um elogio:

— Parabéns! Gostei do nome que você colocou na sua loja. Águia de Ouro! É um nome imponente!

O caipira olha para ele com ar desconfiado e responde:

— Discurpi seu dotô! Pode ser imponente, mas o sinhô falô errado. Não é "Águia di oro" e sim "Agúia di oro"!

Atropelamento do Galo

Montado em seu carrão reluzente, o sujeito viajava pelo interior quando passa a toda velocidade diante de uma fazenda e acaba atropelando um galo. Desce imediatamente e, consternado, vê que o bichinho está morto. Nisso, olha de lado e vê um matuto capinando muito próximo à cerca.

Virando-se para o matuto, o sujeito diz:

— Desculpe, amigo! Foi realmente culpa minha...

O matuto fica olhando pra ele.

E ele, sem jeito, continua:

— Puxa, eu não deveria estar correndo tanto... sinto muito, por ter matado o seu galo. Mas eu faço questão de substituí-lo.

E o matuto:

— Vóismicê fique à vontade! O galinheiro é logo ali..

Estradinha do Interior

Numa estradinha do interior, o carro importado para ao lado de um caipira:

— Ei, amigo! Qual é o caminho pra Itu?

— Sei não, sinhô...

— E a estrada pra São Roque, qual é?

— Tamém num sei não sinhô...

— E essa estrada aqui, onde é que vai dar?

— Tô sabendo não, dotô...

— Caramba! Mas você não sabe nada mesmo, hein!

— É... Mas acontece qui eu num tô perdido não!

Caipira Casado

Os dois caipiras se encontram numa venda:

— Oi, cumpadre! Como vão as coisas?

— Tudo bem! Vosmicê sabia que o Chico casou?

— Sabia, não! Casou com a Lindalva?

— É, aquele mulherão! Agora o bicho tá que é um touro!

— De forte?

— Não, de chifre!

Ovelha Ensopada

Dois caipiras conversando:

— Eu adoro pato assado — comenta um deles.

— Eu adoro ovelha ensopada! — diz o outro.

— Ovelha ensopada? Nunca experimentei! Você come sempre isso?

— Toda vez que chove!

Registrar o Filho

O caipira entra no cartório para registrar o filho:

— Pois não — diz a atendente. — Qual o nome da criança?

— Ebatata de Souza!

— Ebatata?

— Sim! Ebatata de Souza!

— Desculpe-me, senhor! Mas com esse nome eu não posso registrá-lo.

— Por que não?

— Porque Ebatata não é nome de gente! Aliás onde o senhor arranjou esse nome escroto?

— É que eu sou plantador de batatas!

— E daí?

— É que o meu vizinho é plantador de milho e colocou o nome do filho dele de Emilho!

Comendo Amendoim

O caipira tinha uma namorada que morava muito longe. Todo final de semana ele pegava a sua mula e seguia pra casa dela. No meio do caminho ele parou em uma mercearia e comprou um monte de amendoins.

Como o caminho era longo ele comeu tudo e, como todo mundo sabe, amendoim é afrodisíaco. O caipira ficou com uma vontade daquelas de fazer sexo. Só que não dava pra esperar!

Ele parou, olhou pros lados, viu que não tinha ninguém e mandou brasa na mula mesmo.

Quando chegou na casa da namorada, com a boca toda suja de amendoim, ela disse:

— Eu já sei o que você andou comendo, hein seu danado!

E o caipira se defendeu:

— Óia, a mula é minha e eu como a hora que eu quisé, tá me entendendo?

Licença Obrigatória

Em viagem para a Amazônia, o caipira viu que não resistiu aos encantos dos grandes rios e começou a pescar. Pescou um, dois, três, uma infinidade de peixes grandes. Estava feliz da vida. De repente chega um guarda florestal e o intimou:

— Ei, o senhor precisa de licença para pescar aqui!

— Mas seu dotô... As minhoca tão funcionando tão bem!

Arrancar Um Dente

O caipira vai ao dentista:

— Dotô, quanto custa pra arrancá um dente?

— São cem reais!

— Creio em Deus padre! Só pra arrancá um dente?

— Exatamente!

O caipira virou-se para ir embora, mas pensa um pouco, coça o queixo e pergunta:

— E se for só pro senhor deixá ele mei bambinho?

Fazendo Estrada

O caipira estava sentado num barranco, pitando o seu cigarrinho de palha e apreciando a paisagem quando pára um carro e descem dois sujeitos com um monte de tralhas.

O caipira fica um tempão observando-os. Mede daqui, mede dali, torna a conferir, até que o caipira não resiste e pergunta:

— Me adescurpe a intromissão, mas o que é que ocêis tão fazeno cum estes trecos tudo aí?

Ao que um deles respondeu, todo educado:

— É que nós somos engenheiros! Estamos fazendo as medições para fazer uma estrada!

E o caipira:

— Ah! bão! É que aqui nóis num faiz istrada deste jeito não!

E o engenheiro, em tom desafiador:

— Ah, não? Então como é que vocês fazem estradas por aqui?

— A gente sórta um burro e vai seguindo ele, por onde o bicho passa é sempre o mió caminho pra se fazê a istrada...

— E se vocês não tiverem o burro?

— Bom... daí a gente chama um engenhero!

Cheiro do Cio

Um casal de amigos estava caminhando pela fazenda quando a garota vê um cavalo transando com uma égua e pergunta:

— Ô Zé, o que eles tão fazendo?

— Eles tão se acasalando, sô! Quando a égua tá no cio, o cavalo sente o cheiro e eles cruzam!

Um pouco mais pra frente, a garota vê um boi e uma vaca transando, e pergunta:

— Ô Zé, o que eles tão fazendo?

— Eles tão se acasalando, sô! Quando a vaca tá no cio, o boi sente o cheiro e eles cruzam!

— Hum... Zé, posso pergunta uma coisa pr'ocê?

— Pode sim!

— Você tá com o nariz entupido?

Atrás da Moita

Gislaine era uma caipirinha de 17 anos, ainda virgem. João Gafanhoto era o cara mais tarado da região, que vivia convidando a moça pra ir pra cama, pro sofá, pro mato, pra qualquer lugar, desde que fosse pra fazer sexo.

Certo dia ela finalmente concordou e os dois foram pra uma moita, atrás da casa da moça. Mas, como não sabia nada sobre o assunto, ela pediu instruções:

— Ai, João... Cumé qui é esse negócio de sexo?

— É simpres, Gislaine! E é bão dimais, sô!

— Mas como que eu faço? Me exprica, homi!

— Primero ocê levanta a saia!

— Assim? — disse a gostosona, mostrando a calcinha.

— Hummm! Isso memo, Gislaine! Assim memo, sô!

— I Agora?

— Agora ocê báxa a calcinha! — disse ele, excitadíssimo.

— E agora, João?

— Hummmm... É... Agora agacha e mija qui seu pai tá olhando!

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Livro Diário de um quase conta de fadas